quarta-feira, agosto 18, 2004

 
Ensaio Sobre A Paixão

É complexo demais.E quando o sentimos,parecemos amigos de tempos.Nada,perto da afeitividade que ele trás,é desconhecido.Com a cabeça voltada direto a ele.Surgem centenas,milhares,milhões de idéias boas.Tudo,no momento,vai ser para sempre.Vai ser eterno.Vai ser recíproco.Onde uma respiração mais ofegante não vai ser só mais uma respiração ofegante do dia.Será a maior prova do amor.
Toda a imensidão clara turvará.Fará de todas aquelas idéias infinitas um mar de indecisão.Depressão.Tudo balançara para o lado da queda,do esquecimento.Chegará a vontade do adeus.Até mesmo a vontade de morrer.Em simples milésimos,todo o plano foi descoberto por um inimigo que,ao menos,não sabemos quem é.Ele é onipresente no mundo dos pensamentos.
Tudo cairá numa forma incerta,sofrendo uma solidificação.Porém,o sólido parecerá com a água dos astronautas:Qualquer toque,aproximação,afastará ou trará de uma vez por todas na sua direção.O que é melhor:Afastar e ter a dificuldade para resgata-lá,independente de que forma estiver?Ou puxa-lá,esbaldar-se e molhar-se de tanta emoção por tê-la próxima?É mais ou menos como a água de um astrounauta;para quem já teve a oportuninade de ver.
A insegurança de ficar junto sem saber se gosta ou não,a insegurança nos próprios sentimentos.Ah!Maldita insegurança.Por mais firme que esteja o cinto da consciência,ela existirá enquanto a paixão estiver por perto.E o verdadeiro inimigo?Não,não é ela.Mas o inimigo é para ela como Odisséia foi a Homéro.Em tempos,a insegurança tende a sumir pelo fato de não haver mais paixão,portanto,não mais inimigo,como Homéro é esquecido perto de Ulisses/Odísseu.Pode ser também que,pelo fato de conhecer bem o inimigo,a insegurança pare de produzir o medo dos lazarentos,assim como quem conhece bastante a obra do escritor.
Esse é o sentimento mais farto no homem.Nunca se sabe da desistência ou da busca para um amor.Assim,vai se vivendo minutos e mais minutos,horas e mais horas,dias e mais dias.Quando apaixonado,o tempo parece passar devagar.Não como uma forma chata.De jeito,queremos que o tempo não passe nunca.E junto,não passa.Se não for pela presença de um relógio,o tempo não vai.Para,estatiza.Mas o tempo amigo é também traiçoeiro.Acaba com tudo em questão dele mesmo.E estar apaixonado é mais do que qualquer ensaio que o melhor dos autores possa escrever e descrever.Aqui,mais uma simples e pessoal descrição.

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