quinta-feira, agosto 19, 2004
Luto Geral
Sempre pediu a benção,para viver bem,à Deus
Era muito temente ao poder dos céus,fiel
Fez do sofrimento do filho do homem,os seus
Provou,bebeu o vinagre com o gosto de fel.
Tomava a via cruxci do trabalho todo dia
Pegava a condução,pela contra-mão para chegar cedo
Mudava seu intervalo para as duas horas de agonia
Corria,pulava,andava na lina reta,pois tinha medo
Não sentava em roda de jogo
Fugia de mesa de bar
Chega em casa,jantava
Dormia e no outro dia ia trabalhar
Um dia,indo pra labuta,olhou uma "senhora" de vida fácil
Desceu do pau-de-arára,foi até a calçada fazer oração
Viu,de uma portinhola,sair de estola,um padre ágil
Tava com outra senhora,de camisola,na perdição
Demorou para acreditar se era mentira ou verdade
Ficou parado,perplexo,pensando na vida,na religião
Tirou a carteira do bolso,contou o dinheiro,sem maldade
Medroso,queria sair."Se o padre pode,por que eu não?"
Conheceu as coisas da vida
Respirou o verdadeiro ar
No dia chegou bem tarde
E decidiu:"Amanhã não vou trabalhar"
Saiu de casa sem rumo,acendeu um fumo pela primeira vez
Entrou no bonde errado,deu um chute no banco,chamou palavrão
Não sabia mas onde andava,em que dia estava e de que mês
Chorou e se lamentou querendo pedir perdão
Tomou todas as cervejas,todas as cachaças que deu
Queria tomar mais vodka,caipiroska,mas ninguém deixou
Iria pra uma suruba,uma casa escura,já era ateu
Caiu,deitou na calçada,enquanto dormia,alguém o roubou
Levaram carteira,relógio
E o anel que ia presentear
A linda donzela da Casa das Belas
Que o "amor" prometeu lhe dar
Agora não tinha mais casa,não tinha mais hora para chegar
Vivia na farra,bebendo,fumando um cigarro por minuto
Queria morrer feliz,nao foi por um triz,por falta de ar
Uma semana depois morreu de infarto,a zona de luto
Era bem conhecido,ente querido lá na baixada
Viveu carregando a cruz que não era sua,era um de seus fardos
No dia do enterro,no cemitério estava a família bem arrumada
E os novos amigos queridos estavam todos esfarrapados
Na missa de sétimo dia
Os mesmos estavam por lá
E o padre boêmio
estava de porre e não conseguia rezar.
Sempre pediu a benção,para viver bem,à Deus
Era muito temente ao poder dos céus,fiel
Fez do sofrimento do filho do homem,os seus
Provou,bebeu o vinagre com o gosto de fel.
Tomava a via cruxci do trabalho todo dia
Pegava a condução,pela contra-mão para chegar cedo
Mudava seu intervalo para as duas horas de agonia
Corria,pulava,andava na lina reta,pois tinha medo
Não sentava em roda de jogo
Fugia de mesa de bar
Chega em casa,jantava
Dormia e no outro dia ia trabalhar
Um dia,indo pra labuta,olhou uma "senhora" de vida fácil
Desceu do pau-de-arára,foi até a calçada fazer oração
Viu,de uma portinhola,sair de estola,um padre ágil
Tava com outra senhora,de camisola,na perdição
Demorou para acreditar se era mentira ou verdade
Ficou parado,perplexo,pensando na vida,na religião
Tirou a carteira do bolso,contou o dinheiro,sem maldade
Medroso,queria sair."Se o padre pode,por que eu não?"
Conheceu as coisas da vida
Respirou o verdadeiro ar
No dia chegou bem tarde
E decidiu:"Amanhã não vou trabalhar"
Saiu de casa sem rumo,acendeu um fumo pela primeira vez
Entrou no bonde errado,deu um chute no banco,chamou palavrão
Não sabia mas onde andava,em que dia estava e de que mês
Chorou e se lamentou querendo pedir perdão
Tomou todas as cervejas,todas as cachaças que deu
Queria tomar mais vodka,caipiroska,mas ninguém deixou
Iria pra uma suruba,uma casa escura,já era ateu
Caiu,deitou na calçada,enquanto dormia,alguém o roubou
Levaram carteira,relógio
E o anel que ia presentear
A linda donzela da Casa das Belas
Que o "amor" prometeu lhe dar
Agora não tinha mais casa,não tinha mais hora para chegar
Vivia na farra,bebendo,fumando um cigarro por minuto
Queria morrer feliz,nao foi por um triz,por falta de ar
Uma semana depois morreu de infarto,a zona de luto
Era bem conhecido,ente querido lá na baixada
Viveu carregando a cruz que não era sua,era um de seus fardos
No dia do enterro,no cemitério estava a família bem arrumada
E os novos amigos queridos estavam todos esfarrapados
Na missa de sétimo dia
Os mesmos estavam por lá
E o padre boêmio
estava de porre e não conseguia rezar.